Aquele restaurante no bairro alto
Há quem viva para comer, e quem coma para viver... Não vou dizer que estou nos segundos se bem que muitas vezes é o que faço. Como todas as pessoas às vezes não tenho tempo ou paciência para cozinhar ou sequer colocar a comida no prato e aquecer no micro-ondas. Por vezes nesses dias dependendo do estado de espirito ou da companhia, se a carteira e o tempo permite vou a algum restaurante. Não tenho preconceitos em ir a uma tasquinha se se proporcionar ou a um restaurante mais luxuoso. Numa visita que fiz recentemente a Lisboa, passei por alguns dos restaurantes da moda, onde evidentemente não se conseguia mesa sem uma reserva, e acabei no Bairro Alto. Deambulei pelas ruas à procura de um restaurante onde pudesse jantar. Passei pelo "Cabaça" e mais uma vez não entrei. Como sempre das últimas vezes que passo à porta é preciso esperar pacientemente para conseguir uma mesa nesta antiga casa de pasto. Vi outro pequeno restaurante em que estive na última visita, e gostei também da comida, mas continuei a andar e sem saber como acabei à porta do Alfaia onde não entrava há perto de catorze anos. Deste pequeno restaurante tenho boas recordações. Jantares com amigos, festas de aniversário e boa cozinha! Uma imagem que manterei é a do empregado de mesa a limpar o peixe de espinhas antes de servir o prato. A forma como conseguia limpar o peixe e finalmente colocar no meu prato respeitando a forma do mesmo sem o desmanchar. Eu observava fascinado atento aos mais pormenores tendo-me apercebido que colocara um dos lombos do peixe do lado errado do prato. Aí tentando ser discreto continuei a observar enquanto ele tentava compor o lapso sem tocar já naquele lombo. Não tenho presente neste momento como o fez, mas dava para perceber o nervosismo e apesar disso conseguiu! Ora depois de tanto tempo estar por mero acaso à porta deste restaurante e não tentar entrar seria imperdoável. Desta vez a sorte acompanhava-me uma vez que mesmo sem reserva me foi prontamente indicada uma mesa. Acho que uma das duas que restavam. A decoração continuava igual. Dispõe de três salas de jantar decoradas em tons de creme e madeiras e uns apliques de ferro e vidro soprado muito interessantes, que se assemelhavam a cachos de uvas. Recortes de revistas e jornais sobre o restaurante, e uma enorme placa de mármore de finais do século dezanove que dá fé da longevidade desta casa de pasto. Quanto ao serviço, não me surpreendeu! Porque era o que esperava. Empregados atentos que surgiam quando tinham que voltar a servir o vinho ou outra bebida, ou entre prato e prato. O tempo de espera pela refeição passou rapidamente enquanto me deliciava com as entradas e a comida em si mais uma vez excelente. Uma ementa que aposta e muito bem na cozinha tradicional portuguesa. Um local acolhedor onde vale a pena voltar!
Comentarios recientes
Buenas tardes, encantado de saludarte. Soy Jose
Quería escribirte porque me ha parecido interesante comentar contigo la posibilidad de que tu negocio aparezca cada mes en periódicos digitales como not
Muchas gracias Manolo. Ya me irás contando.
Me dan ganas de hacer todos los platos. Pero empezaré por uno simple, y del que tengo todos los ingredientes a mano: bacalao con garbanzos.
Gracias por compartir tus recetas
Excelentes receitas, parabéns Luis.